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domingo, 20 de janeiro de 2013


A LOUCA
Refém de sons inebria-se a  louca
Procurando a melhor forma
E da rima o melhor  tom
Vive assim, uma santa em letra envolta

Outras vezes, uma  amante
muito simples, toda nua
Se oferece aos passantes
ao homem sério,  à toda a rua

Sem lugar e nem parada
Na estante,  na escada
Adentra as casas, a sacristia
inunda o dia, a madrugada
ora santa, ora vadia

Lava a alma dos aflitos
A mulher séria, o doutor, o bispo
feito  prece, carnaval e futebol
Nem o menino escapa a isto!

É em mim fogo selvagem
Grita no peito, a garganta arde
Nasce um verso que adoça a boca
me atiça igual um homem

Dou à luz: mais uma filha!
(Fazer verso é dor de parto!!!)
Sê bem vinda, óh desvairada
Santa e louca poesia!

2 comentários:

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