A LOUCA
Refém de sons inebria-se a louca
Procurando a melhor forma
E da rima o melhor tom
Vive assim, uma santa em letra envolta
Outras vezes, uma
amante
muito simples, toda nua
Se oferece aos passantes
ao homem sério, à
toda a rua
Sem lugar e nem parada
Na estante, na
escada
Adentra as casas, a sacristia
inunda o dia, a madrugada
ora santa, ora vadia
Lava a alma dos aflitos
A mulher séria, o doutor, o bispo
feito prece,
carnaval e futebol
Nem o menino escapa a isto!
É em mim fogo selvagem
Grita no peito, a garganta arde
Nasce um verso que adoça a boca
me atiça igual um homem
Dou à luz: mais uma filha!
(Fazer verso é dor de parto!!!)
Sê bem vinda, óh desvairada
Santa e louca poesia!
Deliciosa essa sua filha louca!
ResponderExcluirObrigada! Vindo de você, é uma honra.
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