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quarta-feira, 25 de julho de 2012

DE AMOR IMPOSSÍVEL


O que for possível ser, sejamos nós!
Sejamos só -o agridoce do amor
Aquém da possibilidade de ser.

Sejamos um de fato
(contraponto à forma comum de amar dos normais)
até onde nos for dado ser:
um hiato.

Sejamos, no cruzar de nossas retinas
(raio X das nossas almas), um só pensamento
a eternizar um amor de segundos.
É  o que nos foi dado ser!

E no infinito dessa olhada
(todo amor não é em vão!)
Sejamos um do outro eternamente:
uma bolha de sabão.

Do impossível ao possível sejamos nós,
meio assim, dois irmãos:
o amor que se avizinha e sob protesto teima sê-lo:
um incesto.

E quando esgotado o tempo de amar,
Dissermos nosso habitual adeus
(fomos bem mais que podia!)
Sejamos os dois o que tiver de ser: poesia!

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