O que for possível
ser, sejamos nós!
Sejamos só -o
agridoce do amor
Aquém da
possibilidade de ser.
Sejamos um de fato
(contraponto à forma
comum de amar dos normais)
até onde nos for dado
ser:
um hiato.
Sejamos, no cruzar de
nossas retinas
(raio X das nossas
almas), um só pensamento
a eternizar um amor
de segundos.
É o que nos foi dado ser!
E no infinito dessa
olhada
(todo amor não é em
vão!)
Sejamos um do outro
eternamente:
uma bolha de sabão.
Do impossível ao
possível sejamos nós,
meio assim, dois
irmãos:
o amor que se
avizinha e sob protesto teima sê-lo:
um incesto.
E quando esgotado o
tempo de amar,
Dissermos nosso
habitual adeus
(fomos bem mais que podia!)
Sejamos os dois o que
tiver de ser: poesia!
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