Se um dia me vieres,
Aproxima teu ouvido
da minha poesia,
Cerra os lábios,
fecha os olhos
Que o falar seja de
almas.
Te direi de um
amor-renúncia,
Feito todo de
inquietude,
Um bolero, uma
tanguedia,
Da rotina e amiúdes.
Deixe então que a
poesia
(tão vadia quanto a paixão)
Abrace esse amor
E o embale como a um
filho.
Apascente a minha
alma,
Aos poucos me ponha
em calma
Já que não amo assim
por gosto.
Feito isso, falada a
tormenta,
Podes tocar-me a
face, aceito o teu toque,
Podes provar do meu
batom
Ouvir minha risada
Falar do meu decote.
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