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quarta-feira, 25 de julho de 2012

VOLTANDO AOS MEUS DEZOITO


(Sandra Pereira)

Dizer de um tempo ido
Falar de amor passado
É como brasear os dedos no fogo
Sem o haver tocado.

Chamuscar o coração andejo
nas brasas da última chama
É profanar o que pode ainda ser
É fazer o caminho inverso,
Uma tanguedia, um drama.

Me conformo e dou razão ao tempo
Que me diz que é possível
Transformar um sentimento

E, assim, caro amigo
Te convido a olhar à frente
O que foi sem nunca ter sido
Não pode ser diferente!

Pois o tempo (senhor de tudo)
Manda dizer ao destino
Que se cumpra  (sem ser afoito)
Há quer ser só amizade
Sem sangrar o coração:
É a mais doce maneira
de voltar aos meus dezoito.

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